Forças militares reprimiram nesta sexta-feira (15/12) manifestações da oposição em Honduras contra as supostas fraudes nas eleições presidenciais realizadas em novembro, que deram a vitória ao presidente Juan Orlando Hernández. Eles pedem a recontagem de todos os votos e a posse do candidato de oposição Salvador Nasralla.
Os manifestantes fecharam vias de acesso à capital Tegucigalpa e a San Pedro Sula, as maiores cidades do país logo no começo da manhã. Há protestos – com relatos não confirmados de mortos – em cidades do interior do país.
Um veículo militar chegou a ser queimado pelos manifestantes na capital, e as forças armadas reagiram atirando gás lacrimogêneo. A cena se repetiu em San Pedro Sula.
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A movimentação foi convocada pelas forças que apoiam Nasralla – incluindo o ex-mandatário Manuel Zelaya, ele próprio derrocado por um golpe em 2009. Zelaya afirmou, no Twitter, que “o protesto é um direito”.
O próprio Zelaya participou de um dos protestos, em Tegucigalpa, e chegou a tirar uma foto com alguns dos manifestantes.
Segundo números oficiais apurados antes do início da manifestação desta sexta, 16 pessoas morreram e 1.675 foram presas em protestos contra os resultados eleitorais.
Até o momento, o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) não divulgou o resultado oficial do pleito, tendo feito somente recontagens parciais. De acordo com os números divulgados até agora, Hernández tem uma vantagem de cerca de 1,5 ponto percentual em relação a Nasralla.
Reprodução/Twitter
Em Comayagua, no interior do país, manifestantes fecharam rodovia de acesso à cidade
(*) Com teleSUR