O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, disse neste sábado (18/02) em Tóquio, onde está em visita oficial, que não se deve descartar nenhuma opção para conter as aspirações nucleares do Irã. Barak também voltou a pedir sanções “mais duras” contra o governo iraniano.
Em uma conferência de imprensa na última etapa de sua visita ao Japão, onde chegou na última quarta-feira (15), Barak disse que “nenhuma opção deve ser tirada da mesa” para se pressionar o Irã, que “está determinado a desafiar o mundo e desenvolver sua capacidade nuclear”, disse. O Irã, no entanto, nega que seu programa nuclear tenha fins militares.
“Há vários anos havia dúvidas”, mas a informação dos inspetores da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) “deixou claro que os iranianos estão se movendo em direção a um programa nuclear militar”, disse o oficial israelense de Defesa.
Barak, primeiro-ministro de Israel entre 1999 e 2001, desejou que fossem aplicadas sanções “mais duras” contra Teerã, não só em termos de exportações de petróleo, mas também ao Banco Central e “ao acesso ao sistema financeiro internacional”.
“Deve-se aplicar [estas sanções] de forma específica e concreta” e só o tempo dirá “se vai funcionar ou não”, disse ele. “Até agora não deram certo”, acrescentou.
O ministro evitou comentar as informações que apontam que o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, acredita ser provável que Israel tome a decisão de atacar o Irã nos próximos meses. Barak apenas se limitou a relembrar a aliança de seu país com Washington e expressou sua esperança em endurecer sanções contra Teerã.
O ministro se reuniu na última quarta-feira com o primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, que pediu a Israel que se abstenha de uma ação militar contra o Irã. O chanceler japonês pediu ainda que o problema seja resolvido através dos canais diplomáticos. O apelo também foi feito na última quinta pelo ministro da Defesa japonês, Naoki Tanaka.
Barak, que nesta sexta (17) visitou a cidade de Hiroshima, deixa Tóquio neste domingo após cinco dias de uma visita que coincide com o 60º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países.
*Com informações da Agência Efe
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