O ministro do Interior da Argentina, Florencio Randazzo, informou na noite de ontem que o governo da presidente Cristina Kirchner já pagou US$ 1,86 bilhão de sua dívida externa com as reservas disponibilizadas pelo Banco Central.
Randazzo explicou à imprensa que a nação sul-americana destinou esse valor ao pagamento de sua dívida pública e a organismos internacionais. Com a iniciativa, o país pretende quitar os débitos que mantém com investidores privados desde que decretou a moratória, em 2001.
O uso de US$ 4,4 bilhões das reservas de livre disponibilidade do BC foi aprovado nesta semana no Senado, com ampla maioria.
A intenção do governo de usar o dinheiro do Banco Central gerou uma crise interna há alguns meses, quando o então titular da instituição, Martín Redrado, se posicionou contrário à medida recusando-se a deixar o cargo — conforme pedido feito por membros do gabinete de Cristina.
A presidente demitiu o funcionário através de um decreto, bloqueado pela juíza María José Sarmiento ao ordenar a restituição de Redrado. O então chefe do BC acabou pedindo demissão no final de janeiro.
Em seu lugar, a mandatária designou Mercedes Marcó del Pont. Em março, a nova titular da instituição financeira defendeu no Senado o uso das reservas de livre disponibilidade para o pagamento da dívida.
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