A nova missão naval da União Europeia (UE) de luta contra o tráfico ilegal de migrantes no Mediterrâneo contemplará a devolução dos resgatados ao porto de onde partiram, informou nesta segunda-feira (18/05) o secretário de Estado francês para Assuntos Europeus, Harlem Désir.
“Evidentemente, primeiro é preciso salvar às pessoas que estão a bordo. Se for necessário, leva-las aos portos de origem em um dia que será definido no plano internacional. O objetivo é desarticular estas redes e não permitir que essas embarcações ponham em perigo a vida dos imigrantes”, afirmou Désir, que participa de um conselho de ministros das Relações Exteriores e Defesa da UE.
Agência Efe
Forças de segurança líbias detiveram supostos imigrantes que tentariam atravessar o Mediterrâneo neste domingo (17/05)
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No entanto, a chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, disse, durante apresentação do plano na semana passada, que as pessoas resgatadas no Mediterrâneo não serão devolvidas antes que seja comprovado que têm direito a receber asilo.
Uma das ideias apresentadas por Désir é a destruição dos motores das embarcações. “A autorização que pedimos à ONU é que definirá com precisão as condições nas quais isto poderá ser feito. A comunidade internacional deve dar sua ajuda à UE para lutar contra estas redes criminosas que põem em perigo a vida dessas pessoas”, afirmou.
“Temos que atuar nos países de origem para reduzir os fatores que levam as pessoas a saírem, lidar com as máfias que traficam na Líbia, para parar as pessoas no ponto de onde embarcam, e temos que interceptar em alto-mar”, disse.
(*) Com Efe