A agência de classificação de risco Moody's anunciou nesta terça-feira (02/08) que mantém sua máxima nota AAA para a dívida pública dos Estados Unidos, mas a posicionou em “perspectiva negativa”, após o acordo ratificado pelo presidente Barack Obama para elevar o limite de endividamento com o qual se evitou a temida moratória.
Os termos do acordo alcançado entre democratas e republicanos no Capitólio têm “eliminado virtualmente” os riscos nos EUA de um possível descumprimento de suas obrigações creditícias, detalhou a Moody's em comunicado de imprensa.
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“Trata-se de um primeiro passo para conseguir a consolidação fiscal a longo prazo que é preciso para poder manter a qualificação da dívida dos EUA nos parâmetros métricos de AAA a longo prazo”, indicou a agência.
No entanto, Moody's designou uma “perspectiva negativa” para essa qualificação, o que supõe que existe uma possibilidade de rebaixamento se nos próximos 12 meses a disciplina fiscal piorar e não forem adotadas novas medidas de consolidação fiscal em 2013.
A agência classificadora advertiu também que poderia aprovar um possível rebaixamento se a conjuntura econômica da primeira potência mundial se deteriorar “significativamente” ou se houver um aumento “apreciável” das despesas de financiamento do Governo acima do previsto.
Moody's tinha posicionado em 13 de julho sob revisão a dívida dos EUA frente um possível rebaixamento, perante a possibilidade nesse momento que o Congresso não alcançasse um acordo para elevar o teto da dívida.
A agência de medição de risco confirmou nesta terça-feira também que mantém a nota AAA para certos bônus garantidos pelos EUA emitidos pelos governos de Israel e Egito, que estavam em revisão para um possível rebaixamento como resultado da revisão da dívida norte-americana.
A decisão da Moody's coincide com o anúncio por parte da agência Fitch de manter sua nota máxima, AAA, para a dívida dos EUA após afirmar que o risco de um descumprimento de suas obrigações soberanas se mantém “extremamente baixo”.
A agência Standard & Poor’s, que em 21 de julho reiterou que havia 50% de probabilidades de rebaixar nos próximos 90 dias a qualificação da dívida a longo prazo dos EUA, ainda não se pronunciou.
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