O ex-presidente do Haiti Jean-Claude Duvalier, conhecido como “Baby Doc”, morreu neste sábado (04/10) em sua casa, em Porto Príncipe, após sofrer um ataque cardíaco, segundo informou seu advogado, Reynold Georges.
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Duvalier sucedeu seu pai no poder em 1971 e governou o país durante mais de 15 anos até 1986, quando foi retirado do cargo por uma revolta popular e se exilou na França, de onde retornou ao Haiti em janeiro de 2011.
Agência Efe
Durante a ditadura de Duvalier, cerca de 100 mil jornalistas e opositores tiveram que deixar o Haiti
Nasceu na capital haitiana em 3 de julho de 1951 e herdou o poder de seu pai, o ditador François Duvalier. Foi o 41º presidente do país.
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Duvalier foi acusado de corrupção, violação de direitos humanos e repressão durante seu mandato. Ao longo do mesmo, sofreu vários atentados, tendo ficado ferido em 1981.
Em 1982 fracassou uma tentativa de derrocá-lo, planejada por um grupo de exilados sob o comando de Bernard Sansarico.
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Quando tinha 19 anos, em 2 de janeiro de 1971, seu pai, o “Papa Doc”, apresentou uma emenda constitucional pela qual “a nação optava pela continuidade”, e lhe nomeou seu sucessor.
Ao longo de seu mandato, tentou certa liberalização, mais teórica que prática, adotou uma nova Constituição e convocou eleições legislativas em 1984, mas sem oposição, já que antes do pleito mandou encarcerar o presidente da Democracia Cristã, Sylvio Claude, e impediu que esse partido concorresse.
Anteriormente, em 1979, introduziu uma nova lei de imprensa que proibiu qualquer crítica ao presidente, ao governo ou aos oficiais de segurança. Jornalistas e opositores foram deportados. Cerca de 100 mil deles fugiram do país.
Recentemente, Baby Doc vinha sendo julgado por crimes cometidos durante a sua ditadura. Autoridades haitianas estimam que ele tenha desviado US$ 100 milhões de projetos sociais do país.
(*) com Agência Efe