Morreu nesta terça-feira (24/01) um dos quatro universitários marroquinos que, na semana passada, atearam fogo ao próprio corpo. O grupo estava desempregado e protestava em frente ao Ministério da Educação do país, na capital Rabat. A informação é da AMDH, Associação Marroquina de Direitos Humanos.
Abdelwahab Zaydoun faleceu em um hospital de Casablanca, para onde foi levado junto com outro de seus amigos após o incidente.
Ele pertencia a um grupo de estudantes excluídos do acordo que assegurava aos graduandos desempregados a inserção em cargos do setor público. Quando os quatro protestavam contra seu isolamento do benefício, foram detidos pela polícia e, segundo a AMDH, mantidos por 15 dias dentro do edifício do ministério, em “condições desumanas, sem água e comida”.
A resposta à repressão das forças de segurança veio no último dia 18 de janeiro, quando Zaydoun e seus colegas imolaram os próprios corpos. “Esses quatro rapazes fizeram isso em protesto contra as forças da ordem que impediram um grupo de pessoas de entrar no ministério para levar alimentos a eles”, afirmou a AMDH.
Esses atos de protesto são cada vez mais frequentes no Marrocos, onde, no ano passado, pelo menos três pessoas morreram após colocarem fogo no próprio corpo. No final de 2010, na Tunísia, Mohammed Bouazizi, um comerciante de verduras subornado por policiais, também imola o próprio corpo. O ato seria o estopim da série de levantes populares que levariam à queda do presidente Zine Ben Ali e à eclosão da Primavera Árabe.
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