Sorridente e segurando a última edição do News of the World, publicada neste domingo (10/07) com a manchete “Adeus e Obrigado”, o magnata das comunicações Rupert Murdoch se dirigiu à sede do jornal nesta segunda-feira (11/07) para se encontrar com Rebekah Brooks, considerada pivô do escândalo de escutas ilegais que forçou o fechamento do tablóide.
Tido como o principal responsável pela decisão de encerrar as atividades do News of the World, Murdoch deve tentar evitar que o escândalo afete as negociações em torno da BSkyB, a empresa de TV por assinatura que seu grupo pretende comprar, num negócio de US$ 19 bilhões.
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Executiva de confiança do australiano, Brooks chefia a News International, empresa que gerencia todos os jornais britânicos pertencentes à News Corporation, entre eles o The Sun, o Times e o Sunday Times. Alegações de que os jornalistas do News of the World pagaram a polícia por informações e grampearam o correio de voz de vítimas de assassinatos e das famílias enlutadas de soldados mortos levaram ao fechamento do tablóide.
A crise chegou até aos altos níveis do governo, com o ex-chefe de comunicação do primeiro ministro David Cameron, o jornalista Andy Coulson, sendo um dos três homens presos esta semana como parte da investigação da polícia sobre os grampos telefônicos e alegações de corrupção. Coulson é um ex-editor do News of the World. Cameron pediu por um novo sistema de regulação para a mídia e também uma investigação pública sobre o que foi feito de forma errada.
A edição de número 8.674 do News of the World pede desculpas por desapontar os leitores. “Nós enaltecemos padrões elevados, nós pedimos por padrões elevados mas, como agora tomamos conhecimento, por um período de alguns anos até 2006, algumas pessoas que trabalharam para nós, ou em nosso nome, não atingiram esses padrões”, afirma um editorial de página inteira. “Simplesmente, nós perdemos nosso foco. Telefones foram grampeados, e por isso este jornal está profundamente arrependido”.
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