Oscar Niemeyer/ MST
Desenho feito pelo arquiteto em homenagem à luta do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra)
A Direção Nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) divulgou na manhã desta quinta-feira (06/12) uma nota lamentando a morte do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, que faleceu aos 104 anos na noite de ontem (05/12). Defensor incansável da reforma agrária e do comunismo, o artista manteve sempre uma relação próxima com a organização que expressou “imenso orgulho de ter sido seu amigo e companheiro”.
“Niemeyer foi mais do que um arquiteto, foi um amante da vida e um incansável defensor da igualdade entre todos os seres humanos”, diz o texto de pesar. “Era comunista, não por doutrina. Mas porque acreditava que todos os seres humanos são iguais e que deveríamos ter as mesmas condições de vida”, acrescenta.
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Filho de fazendeiros no Rio de Janeiro, o arquiteto conheceu os ideais socialistas com o amigo Luiz Carlos Prestes na década de 1940 quando se filiou ao PCB (Partido Comunista Brasileiro). “Enquanto houver miséria e opressão, ser comunista é a nossa decisão”, dizia o arquiteto que até o final da vida, reiterou sua revolta com a desigualdade do sistema capitalista.
Taís Peyneau/ MST
Não é a primeira vez que o MST homenageia o artista brasileiro. Todos os anos, a organização divulgou notas celebrando o seu aniversário no dia 15 de dezembro. Em todos os textos, o movimento lembra sua importância como defensor da justiça e da igualdade entre os homens.
“Teremos nele, sempre, um exemplo de vida”, afirma a direção do MST que explica que o arquiteto “defendia e praticava os valores humanistas e, sobretudo, o da solidariedade, contra qualquer injustiça”. A nota ainda acrescenta “Grande Oscar, seguiremos te encontrando por aí… nas suas obras e lembranças”.