Autoridades da cidade de Lagos, a mais populosa do Nigéria, fecharam uma série de igrejas ao redor do centro financeiro, após reclamações de que os cultos eram barulhentos demais, reportou a Agence France Presse nesta quinta-feira (27/08).
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Interior de Igreja Católica em Lagos
Segundo o jornal local New Telegraph, o departamento de proteção ambiental fechou ao menos 22 instalações religiosas na quarta-feira (26/08), após receber dezenas de ligações diárias de moradores.
“Somente no meu telefone, eu recebo 20 mensagens de texto em uma média diária”, declarou Adebola Shabi, chefe da agência estatal de proteção ambiental. “Nos próximos cinco anos, se não houver uma política rigorosa em termos de implantação de casas religiosas, ainda haverá problemas”.
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Nesses locais, os barulhos eram constantes, principalmente vindos de músicas em volume alto e de mensagens religiosas que eram proferidas em megafones.
De acordo com moradores próximos à igreja católica Ministério de Jesus Nosso Senhor Divino, a vizinhança era constantemente incomodada pela congregação de pessoas ao redor do local de culto.
Com o recrudescimento de uma lei sobre poluição sonora em 2014, o número de igrejas fechadas chega agora a 55 em Lagos, local que concentra ao menos 6.000 locais de culto. Para reabri-las, explica Shabi, é necessário pagar uma taxa de, no mínimo, US$ 250 (cerca de R$ 890).