A menos de um mês para as eleições presidenciais no México, uma notícia pode prejudicar ainda mais a já frágil candidatura da governista Josefina Vázquez Mota, do PAN.
De acordo com uma pesquisa encomendada pelo jornal El Universal ao instituto de estatísticas Buendía&Laredo, o número de mexicanos que aprovam o governo de Felipe Calderón caiu entre os meses de fevereiro e junho e atingiu a marca mais baixa desde que assumiu a Presidência, em 2006.
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Apenas 48% da população considera positiva a gestão da qual participou a ex-secretária da Educação Pública Josefina Vázquez Mota. Por sua vez, subiu para 41% o número de indivíduos que avaliam o governo do PAN negativamente.
Em parte, essa maior reprovação é fruto da elevada insatisfação popular com a chamada Guerra contra as Drogas, controvertida estratégia de combate ao narcotráfico que acabou por aumentar a incidência de homicídios no país e que foi reforçada por Felipe Calderón. Para 59% dos entrevistados, o próximo presidente do país deverá mudar as estratégias de combate às drogas.
64% dos entrevistados disseram acreditar que a violência relacionada ao narcotráfico cresceu no último semestre. Por outro lado, apenas 14% avaliaram que o México tornou-se um lugar mais pacífico. Foram 20% os que qualificaram a segurança do país como algo estável.
Fillipe Mauro | Opera Mundi | Agência Efe
Avanço da esquerda
No dia 31 de maio, o candidato progressista Andrés Manuel López Obrador se aproximou muito do primeiro lugar nas pesquisas de opinião para a eleição presidencial do México. De acordo com uma sondagem conduzida pelo jornal Reforma, o candidato do PRD (Partido da Revolução Democrática) subiu sete pontos percentuais em relação à enquete anterior, feita em abril. Ele soma agora 34% dos votos contra 38% de Enrique Peña Nieto, do PRI (Partido Revolucionário Instititucional). Indecisos somam 21%.
À época, a pesquisa foi comemorada pelo candidato de esquerda. “Vamos muito bem. A pesquisa do 'Reforma' é extraordinária. (…) Peña Nieto está desinflando”, afirmou. Alguns analistas consideram que uma das explicações da queda do candidato do PRI se deve ao movimento popular “#Yo Soy 132”, que reúne integrantes de todas as camadas da população em seus protestos, que ocorrem em grande voluma nas ruas e nas redes sociais.