O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse hoje (4), no México, concordar com o plano proposto pelo presidente da Costa Rica, Óscar Arias, para resolver a crise política de seu país. Com o apoio do chefe de Estado mexicano, Felipe Calderón, Zelaya anunciou que continuará suas ações de “resistência pacífica” enquanto luta por sua restituição ao poder.
“Esta é uma condição 'sine qua non' para a paz em Honduras”, afirmou o líder deposto durante uma coletiva de imprensa. “É necessário o retorno de seu servidor à Presidência da República, porque é um mandato do povo e é uma decisão do povo hondurenho”, concluiu Zelaya .
Calderón classificou a situação em Honduras como “inaceitável” e pediu às partes envolvidas no conflito para que encontrem “com urgência” maneiras que “permitam resolver o problema”.
O presidente mexicano reivindicou ainda que o governo de Roberto Micheletti aceite a proposta de Arias e se comprometeu a respaldar “com firmeza” esse processo, para que tenha sucesso. “Hoje e sempre rejeitamos de maneira enérgica qualquer tentativa de voltar ao passado autoritário que tanto dano fez às nossas nações”, disse.
Zelaya, que há alguns dias havia considerado o plano do costa riquenho como “fracassado”, esclareceu que não está disposto “a fazer um jogo diplomático no exterior de Honduras com o único fim de dilatar o processo de reconstituição da democracia no país”.
A visita de Zelaya ao México aconteceu ao lado da chanceler de Honduras, Patricia Rodas, e do ministro da Presidência, Enrique Flores Lazo, a convite de Calderón, que exerce atualmente a secretaria temporária do Grupo do Rio – ou Mecanismo Permanente de Consulta e Concertação Política da América Latina e do Caribe, um mecanismo internacional. O presidente mexicano defendeu desde o começo “a restituição da ordem constitucional” em Honduras.
Próximo destino
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva convidou Manuel Zelaya a visitar Brasília na semana que vem, segundo informaram hoje porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores consultados pela Agência Efe.
O ministério disse que o convite “está de pé”, mas que a data ainda não foi definida. Porém, é provável que a visita aconteça na quarta-feira da próxima semana.
O convite tem como objetivo reforçar a posição do Brasil, que reconhece Zelaya como presidente constitucional de Honduras.
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