O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou neste domingo (31/07) uma nova “doutrina naval” para o país que, entre os principais pontos, prevê a defesa das fronteiras marítimas com “qualquer meio” disponível e aponta Estados Unidos e Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) como principais ameaças.
Durante uma parada naval realizada em São Petersburgo, o mandatário afirmou que a “Rússia garantirá com firmeza a proteção de suas fronteiras marítimas com todos os meios disponíveis”. Além disso, afirmou que o documento “delimita as fronteiras e as áreas de interesse nacional” do país.
A assinatura ocorreu no Museu Estatal de História de São Petersburgo, na fortaleza de S. Pedro e S. Paulo.
“Nós designamos abertamente as fronteiras e as áreas de interesse nacional vital da Rússia, seja estratégico ou econômico. Antes de tudo, essas são as nossas águas árticas, as águas do Mar Negro, do Mar de Okhotsk e do Mar de Bering, o Báltico e os estreitos das ilhas Curilhas. Vamos prover a defesa e a proteção delas com todos os meios”, disse em discurso.
Kremlin/Reprodução
Documento assinado por Putin neste domingo prevê a defesa das fronteiras marítima e de áreas de interesse nacional
Para Putin, a capacidade de resposta da Marinha “é uma palavra-chave” para o governo e precisa “estar apta a combater rapidamente todos aqueles que ousarem invadir a nossa soberania e a nossa liberdade”.
Além disso, o presidente russo anunciou a entrega dos sistemas de mísseis hipersônicos Tsirkon às tropas russas “nos próximos meses”. “A fragata Almirante Gorshkov será o primeiro vetor de mísseis hipersônicos Tsirkon”, acrescentou.
O sistema é um potente míssil de cruzeiro hipersônico projetado para neutralizar unidades navais maiores, entre as quais, porta-aviões, cruzadores e contratorpedeiros.