Ao menos 25 pessoas já morreram na repressão à onda de protestos que sacode o Iraque desde a última terça-feira (01/10). Segundo balanço divulgado por autoridades médicas, somente na noite de quarta (02/10) e nesta quinta (03/10) foram registradas 16 vítimas no sul país, sendo cinco em Amara e outras 11 em Nassíria.
Os manifestantes protestam contra o desemprego, corrupção e as recorrentes falhas no abastecimento de eletricidade e água. Os protestos chegaram até a chamada “Zona Verde”, área fortificada em Bagdá que abriga escritórios diplomáticos e do governo e onde foram ouvidas explosões na madrugada desta quinta.
Em função dos conflitos, o Iraque fechou uma passagem de fronteira com o Irã na província oriental de Diyala. Em Najaf e Bassora, duas importantes cidades do sul do país, manifestantes ocuparam os conselhos legislativos locais.
Wikicommons
Em função dos conflitos, o Iraque fechou uma passagem de fronteira com o Irã na província oriental de Diyala
Em uma mensagem no Twitter, o clérigo xiita Muqtada al-Sadr pediu para o governo abrir uma investigação sobre os confrontos. Essa é a maior onda de manifestações no Iraque desde que Adil Abdul-Mahdi virou primeiro-ministro, em outubro de 2018.
“Parte nossos corações ver os ferimentos entre os manifestantes, que são nossos filhos, e as forças de segurança, e a destruição e os saques a propriedades públicas e privadas”, disse o chefe de governo.