O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na noite desta quarta-feira (22/06) a retirada de 33 mil soldados americanos do Afeganistão até setembro de 2012. Segundo ele, ao longo deste ano os primeiros 10 mil soldados devem deixar o país.
“Este é o começo, não o final, de nosso esforço para acabar com esta guerra”, afirmou o Obama em discurso na Casa Branca.
O presidente disse ainda que outros 68 mil soldados devem permanecer no Afeganistão, mas garantiu que até 2014 o processo de retirada completa será finalizado. Segundo ele, o objetivo é que as tropas continuem deixando o conflito no país “de forma frequente”, a diferença é que agora a missão no país mudará de “combate para suporte”. Atualmente 100 mil soldados norte-americanos estão mobilizados no país.
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Ao final do discurso, Obama lembrou que esta era uma promessa do seu governo desde 2009, quando anunciou o enviou de mais de mais de 30 mil soldados ao país e prometeu retirá-los em julho de 2011. “Deixei claro que nosso comprometimento não seria sem limites. Hoje estou cumprindo”, disse.
Al Qaeda
Sobre a rede Al Qaeda, Obama afirmou que a organização está acuada. “A al-Qaeda está sob a maior pressão do que em qualquer momento desde o 11 de Setembro”, disse. Para ele, a morte do líder Osama bin Laden afetou diretamente a força da organização.
Obama disse ainda que documentos encontrados na residência onde bin Laden morreu mostram que a rede terrorista Al Qaeda se encontra “sob grande pressão”. Os documentos, segundo ele, indicavam a “preocupação da Al Qaeda em ser incapaz de substituir de modo efetivo terroristas experientes mortos e fracassar em seus esforços por retratar os EUA na guerra com o Islã”.
Mesmo assim o presidente norte-americano não deixou de reiterar que a “Al Qaeda continua sendo perigosa” e portanto a atenção não deve diminuir. “Devemos estar atentos contra seus ataques, mas pusemos à Al Qaeda no caminho da derrota e não retrocederemos até que se tenha alcançado o trabalho”, acrescentou.
Reação
Nesta quinta-feira (23/06), os talibãs afegãos consideraram que a “solução à crise afegã chegará com a saída total das tropas estrangeiras” e que, até esse momento, a luta do grupo insurgente “aumentará dia a dia”.
Segundo um comunicado dos rebeldes afegãos, a retirada gradual de tropas anunciada por Obama, é “só um passo simbólico” e não atende sequer às expectativas do povo norte-americano.
Os talibãs denunciaram que a retirada de 10 mil soldados anunciada pela Casa Branca para este ano acontece enquanto os EUA “constroem bases permanentes no Afeganistão” sob a complacência do “regime marionete”, em referência ao governo afegão.
O texto divulgado pelos insurgentes negou taxativamente as afirmações do presidente Obama sobre a posição privilegiada das tropas internacionais e afirmou que se trata “apenas de propaganda” para dar falsas esperanças aos cidadãos americanos.
Os talibãs acusaram o presidente dos Estados Unidos de “não cumprir com a exigência de sua própria nação para acabar com a guerra e a ocupação” e de descumprir sua promessa de retirar-se do Afeganistão.
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