A poucas horas do fim do prazo para evitar o chamado abismo fiscal, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou nesta segunda-feira (31/12) o acordo que pode ser alcançado por líderes democratas e republicanos no Congresso do país.
Agência Efe
Obama fez um discurso bem-humorado em que lembrou que ficará na presidência por quatro anos e lamentou passar a virada de ano em Washington
“Minha intenção era resolver tudo com um grande acordo, de forma balanceada. Mas, com este Congresso, há muita pouca esperança neste momento. Então vamos resolver esse problema em alguns passos”, afirmou o presidente na Casa Branca, cercado de simpatizantes.
“O acordo em que estamos trabalhando representa um progresso, mas precisamos de mais. Os dois partidos sabem da importância de um consenso e estão perto disso, mas ainda não fecharam. Esperamos que nossos líderes consigam um acordo nas próximas 12 horas”, argumentou.
Em seu discurso, Obama afirmou que seu principal objetivo nas negociações sempre foi evitar o aumento de impostos para a classe média, que não tem condições de pagar mais impostos, diferentemente dos mais ricos e das grandes empresas. “Nosso foco tem que ser as famílias, os estudantes e os idosos.”
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No dia 1° de janeiro de 2013, será encerrado o prazo de validade de uma série incentivos fiscais, subsídios e estímulos à economia dos Estados Unidos originários do Tesouro e acordados durante a administração de George W. Bush (2000-2008). Sob o pacto, os cidadãos norte-americanos pagam menos impostos.
Com a expiração deste acordo e a falta de resolução entre os grupos políticos, a Casa Branca terá de cortar cerca de US$ 607 bilhões em seu orçamento. Segundo cálculos de economistas, mais de US$550 bilhões serão retirados de circulação e cada norte-americano irá pagar US$3,5 mil mais de impostos por ano.