O ministro venezuelano de Comunicações, Turismo e Cultura, Jorge Rodríguez, disse, neste domingo (24/02), que a intenção da oposição no sábado (23/02) era assassinar pessoas que diariamente transitam pela fronteira entre Colômbia e Venezuela.
“Não mintam mais. A operação de ontem foi atropelar pessoas com tanques blindados. Que ser humano tem o disparate de ver a morte de pessoas como um investimento? Este é o nível do dia de ontem. Já está clara a balela de ‘ajuda humanitária’: era somente uma agressão contra a Venezuela”, disse o ministro em pronunciamento à imprensa em Caracas.
Rodríguez disse que o Palácio de Miraflores considera ilegítimo o suposto governo do deputado Juan Guaidó, autoproclamado “presidente encarregado” do país, que, segundo o ministro, dirigiu os falsos positivos, as guarimbas e demais manobras desestabilizadoras contra a Venezuela na zona fronteiriça – de acordo com ele, sob ordens do governo dos EUA e cumplicidade do presidente colombiano Iván Duque, em uma tentativa “forçada” de ingressar no país uma suposta “ajuda humanitária” a fim de justificar uma intervenção militar norte-americana.
“Ontem você tinha que convocar eleições, Guaidó. Já deixou de falar do [artigo] 233 e fala do que realmente é: um projeto de ditador”, disse.
Infiltrados
Durante sua exposição, Rodríguez mostrou evidências sobre o uso dos tanques da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) por parte de dois infiltrados, que jogaram os veículos contra as barreiras localizadas na ponte internacional Simón Bolívar e atingiram uma policial e uma jornalista chilena.
“Se era verdade que queriam ingressar ajuda humanitária, por que o primeiro que fizeram foi atropelar gente com os tanques?”, questionou. Segundo Rodríguez, a intenção era criar um “falso positivo” para responsabilizar os venezuelanos pela violência.
AVN
Rodríguez: intenção da oposição era ‘assassinar gente’