O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, ofereceu nesta terça-feira (26/02) o país para ser sede de uma possível mesa de diálogos entre a oposição e o governo da Venezuela.
“As portas do nosso território estão abertas para que se dialogue, e esse papel de intermediação para que haja diálogo poderia ser assumido pelos uruguaios, diplomatas de prestígio mundial, a ONU, e inclusive o papa Francisco”, disse o mandatário mexicano.
López Obrador ainda destacou a importância de buscar uma “solução pacífica” para a tensão política venezuelana, de modo que sejam evitadas a “manipulação” e a “violência”.
“Convoco respeitosamente as partes em conflito para que se sentem para dialogar e buscar uma saída pacífica, isso é possível de fazer porque a Constituição faça da solução pacífica de controvérsias, não de polarização, não de confrontação, não de manipulação, muito menos de violência”, disse o presidente do México.
O mandatário também afirmou que, se for procurado por ambas as partes, “o México sempre estará em condições de ajudar na realização de um diálogo para conseguir a paz em qualquer nação”.
Membro do Grupo de Lima, o México foi o único país que faz parte do bloco que não reconheceu o deputado de direita autoproclamado presidente, Juan Guaidó, como mandatário interino da Venezuela.
Desde que Guaidó reivindicou unilateralmente o comando do país, o governo mexicano expressa seu apoio ao presidente Nicolás Maduro, eleito nas eleições presidenciais de maio de 2018, com mais de 67% dos votos.
Em janeiro, após a autoproclamação de Guaidó, o chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, garantiu que a postura do governo de López Obrador seria a da legalidade e do diálogo.
“Nós temos relações diplomáticas com a Venezuela, que possui um governo constituído e não vamos, neste momento, romper relações ou desconhecer esse governo”, disse o ministro das Relações Exteriores mexicano.
Wikicommons
Obrador ainda destacou a importância de buscar uma "solução pacífica"