O presidente israelense, Shimon Peres, disse nesta quarta-feira (09/07) à CNN que uma ofensiva terrestre “pode acontecer muito em breve”, a menos que o Hamas “pare de disparar foguetes contra Israel. A última vez que as Forças Armadas de Israel levaram a cabo uma operação militar por terra contra a Palestina foi em 2009.
“Nós os advertimos. Pedimos-lhes para parar com isso”, disse Peres ao veículo norte-americano. “Esperamos um dia, dois dias, três dias e eles continuaram a espalhar mais fogo em áreas israelenses”, completou.
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Agência Efe
Presidente de Isarel, Shimon Peres (no centro), durante funeral dos três adolescentes judeus encontrados mortos
“A operação será ampliada e vai continuar até que os disparos em nossas comunidades pararem e a calma for restaurada”, disse Netanyahu. O chefe do governo se reuniu hoje em Tel Aviv com os principais responsáveis de Segurança para avaliar as diferentes opções e destacou a possibilidade de uma operação terrestre de grande escala.
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Shimon Peres termina seu mandato de sete anos neste mês e será sucedido pelo direitista do partido Likud Reuven Rivlin, que será empossado no dia 24 de julho. O cargo de presidente de Israel é visto por muitos como cerimonial — o poder de fato é exercido pelo primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, que também ressaltou hoje que iria intensificar a ofensiva contra o grupo militante que opera na Palestina.
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Pelo menos 46 pessoas foram mortas em Gaza desde que os ataques aéreos começaram, com a operação “Margem Protetora”, iniciada na segunda-feira à noite. Entre os mortos estão oito mulheres e 11 crianças, incluindo um bebê de 18 meses de idade e uma mulher de 80 anos de idade, de acordo com uma lista concedida por fontes médicas palestinas e funcionários do Ministério da Saúde à CNN.
Efe
Um míssel do Exército israelense acerta o sul da cidade de Gaza nesta quarta (09)
A violência na região se intensificou desde a morte de três jovens israelenses na Cisjordânia no mês passado, seguida do assassinato de um adolescente palestino, incendiado com gasolina enquanto ainda estava vivo. O governo israelense culpa o Hamas pela morte dos jovens, fato que foi negado pelo grupo. O crime aconteceu poucas semanas após o Hamas e o Fatah definirem um acordo histórico de reconciliação — criticado por Israel.
Gaza é alvo frequente de investidas militares. A pior delas, no final de 2008 e início de 2009, deixou mais de 1,4 mil palestinos mortos. Treze israelenses, sendo 10 soldados, perderam a vida.