A ONU (Organização das Nações Unidas) e a CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) pediram para que o governo do México contenha o assassinato de jornalistas no país, onde 79 profissionais morreram nos últimos 11 anos.
As Nações Unidas e o CIDH, que atende aos países-membros da OEA (Organização dos Estados Americanos), solicitaram ao governo mexicano a promulgação da Lei de Proteção de Pessoas Defensoras dos Direitos Humanos e Jornalistas, já aprovada pelo Congresso e à espera da sanção presidencial.
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A lei obriga as autoridades a darem proteção aos familiares dos profissionais e a escritórios de comunicação onde haja algum jornalista sob ameaça.
“Os assassinatos e ameaças repetidamente sofridas por defensores do direito e por jornalistas no México devem ser detidas imediatamente”, disse um comunicado publicado no site da OEA.
Já a relatora especial para Defensores dos Direitos Humanos da ONU, Margaret Sekaggya, afirmou que “os defensores dos Direitos Humanos no México precisam, desesperadamente, de proteção efetiva do Estado”.
Segundo dados da Comissão Nacional de Direitos Humanos, entre os anos 2000 e 2011, foram assassinados 79 jornalistas e outros 14 desapareceram.
O apelo da ONU foi lançado um dia após as autoridades mexicanas encontrarem o corpo do jornalista René Orta Salgado, ex-repórter policial do jornal El Sol.
Recentemente, também foi registrada a morte de outros quatro profissionais da comunicação no estado de Veracruz.
“Os assassinatos recentes de quatro trabalhadores da imprensa em Veracruz ressaltam a necessidade urgente de adotar medidas concretas para garantir a segurança dos jornalistas e colocar fim à impunidade”, defendeu Frank La Rue, relator especial da ONU sobre Proteção e Promoção do Direito à Liberdade de Opinião e Expressão.