A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu a abertura de um “inquérito rigoroso” sobre a morte de ao menos 50 migrantes encontrados em um caminhão abandonado na cidade de San Antonio, no Texas, na última segunda-feira (27/06).

Em um comunicado, a Organização Internacional para Migrações (OIM) e a Agência da ONU para Refugiados (Acnur) expressaram condolências às famílias das vítimas e disseram que os responsáveis têm de ser punidos pelo crime. Os corpos foram encontrados a 250km da fronteira com o México.

Segundo agências de notícias, os migrantes eram do México, da Guatemala e de Honduras. A mídia local informou que, entre os sobreviventes estão crianças, que foram hospitalizadas com sinais de exaustão e hipertermia.

OIM e Acnur lembraram que esta não foi a primeira tragédia envolvendo migrantes, e não será a última enquanto o tráfico de seres humanos continuar ativo, se aproveitando de migrantes e outras pessoas vulneráveis em busca de uma vida melhor.

Na última terça-feira (28/06), António Guterres, secretário-geral da ONU, emitiu uma nota separada, expressando “tristeza profunda” após os corpos terem sido encontrados dentro do veículo abandonado, e pedindo às autoridades do México e dos Estados Unidos que investiguem o caso.

De acordo com a OIM, quase 3 mil pessoas estão desaparecidas no México ou morreram durante a travessia para os Estados Unidos desde 2014. A agência pediu, ao lado da Acnur, que houvesse ações concretas para reduzir as mortes nas rotas migratórias.

Chefes de nove agências da ONU e três organizações internacionais pediram que os governos ajudem a salvar vidas e evitar mortes de migrantes ou desaparecimentos.

Migração Segura, ordenada e regular

O Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos, com sede em Genebra, afirmou que é preciso abraçar uma via para uma migração segura, ordenada e regular evitando tragédias.

Na mesma nota, foi citado um incidente onde ao menos 23 migrantes africanos morreram e 76 ficaram feridos ao tentarem entrar na Espanha pelo Marrocos na última sexta-feira (24/06). A ONU pediu a ambos os países que iniciem uma investigação para apurar o que ocorreu e responsabilizar os autores.

(*) Com ONU News.