Reduzir em apenas 25% a quantidade de comida que é jogada no lixo seria necessário para salvar quase 800 milhões de pessoas que correm risco de morte por desnutrição. Relatório publicado pela FAO (órgão das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) diz ainda que essa redução em um quarto no desperdício de alimentos também ajudaria as 870 milhões de pessoas que sofrem de fome ao redor do mundo.
De acordo com a ONU, a questão do desperdício de comida — que, além de impedir que se alcance níveis satisfatórios de segurança alimentar, também tem consequências em mudanças climáticas — é o símbolo da ineficácia dos sistemas de distribuição e consumo de comida em várias partes do planeta.
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Reprodução/U.S. Department of Agriculture/Flickr/CC
Países ricos jogam no lixo anualmente cerca de 670 milhões de toneladas de alimentos; entre frutas e vegetais, metade é desperdiçada
Nos países ricos, joga-se no lixo anualmente uma média de 670 milhões de toneladas; enquanto nos países em desenvolvimento, a média cai levemente, para 630 milhões de toneladas. Entre os tipos de alimentos, desperdiça-se 50% de frutas e vegetais produzidos, além de 35% de peixes, 30% de cereais e 20% de carnes.
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O relatório da FAO, entretanto, fixa uma diferença entre comida ‘perdida’ e ‘desperdiçada’. A primeira é algo não intencional, fenômeno comum em países em desenvolvimento: se deve a falta de infraestrutura e problemas em equipamentos e rede de transportes.
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O desperdício de comida, ato voluntário, é mínimo em regiões mais pobres. Nos países ricos, a situação é a inversa: grandes quantidades de comida são jogadas fora em função, sobretudo, segundo aponta a FAO, de padrões de qualidade alimentar que supervalorizam a aparência dos alimentos.