Entre 700 e 850 pessoas morreram na Síria na repressão das manifestações, segundo a ONU, que informou também que outras milhares foram detidas pelas forças do governo desde meados de abril.
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“Não podemos verificar estes números, mas há listas detalhadas e acreditamos que são genuínos”, disse nesta sexta-feira o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Rupert Colville.
Segundo ele, os últimos informes recebidos dão conta de bombardeios na cidade de Homs e da detenção de opositores e ativistas dos direitos humanos em batidas casa por casa.
O organismo apelou uma vez ao governo de Bashar al-Assad para que “deixe de utilizar a força e as detenções maciças como meios para silenciar a seus oponentes”.
Colville revelou que a Alta Delegacia para os Direitos Humanos está em contato com as autoridades sírias para tentar que uma missão investigadora da ONU possa entrar em país e verificar as denúncias recebidas.
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Essa missão de alto nível, criada por decisão dos Governos que integram o Conselho de Direitos Humanos da ONU, partirá para a Síria tão em breve quanto receba autorização, mas se não a obtiver viajará aos países vizinhos para, dali, realizar suas indagações.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se comunicou por telefone esta semana com o presidente sírio para pedir-lhe que colabore com essa missão.
Colville sustentou que na repressão dos protestos na Síria aconteceram “graves violações dos direitos humanos” e lembrou que há muitas denúncias sobre o uso de tanques e franco-atiradores em várias cidades.
Revelou que a resposta do governo foi que vários policiais e militares morreram nos protestos.
Por essa razão, acrescentou, “a missão quer entrar no país e estabelecer, por seus próprios meios, quem foi assassinado, quando, por que e como”.
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