O diretor do Escritório do PAM (Programa Alimentar Mundia) em Dubai, Mohamed Diab, afirmou nesta segunda-feira (30/05) que a Líbia, em crise desde o começo deste ano, pode sofrer uma grave escassez de alimentos caso a comunidade internacional não intervenha na região. Diab disse que as reservas nos armazéns do PAM são suficientes, no máximo, para mais um mês e meio.
Pelos cálculos do PAM, são necessários 47 milhões de dólares para a compra e distribuição de alimentos, além de meios para assegurar as operações de emergência e logística na Líbia. Desde fevereiro, manifestantes reagem ao governo do presidente líbio, Muamar Kadafi, no poder há cerca de 42 anos.
Como outros integrantes das Nações Unidas, Diab reclamou que o sistema de distribuição de alimentos é prejudicado pela instabilidade do país e pela falta de apoio do governo. Segundo ele, há dificuldades para ajudar as pessoas e a taxa de inflação já atingiu 40%.
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A crise se agravou a partir da segunda quinzena de março, quando os Estados Unidos, o Reino Unido e a França lançaram uma ofensiva à Líbia. Em seguida, as Nações Unidas apoiaram a intervenção militar no país, permitindo ações da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) por via aérea.
A comunidade internacional, liderada por norte-americanos, franceses e britânicos, alega que os ataques são feitos para proteger a população civil e pressionar Kadafi a deixar o poder. No entanto, os países africanos condenam a ação e tentam uma alternativa negociada.
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