A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e um grupo externo de produtores liderados pela Rússia e Arábia Saudita (OPEP+) chegaram a um acordo, nesta segunda-feira (05/09), para reduzir a produção de petróleo em 100 mil barris por dia no mês de outubro.
A medida, que tem como objetivo “estabilizar o mercado'', é tomada durante uma crise energética na Europa, devido a sanções impostas pela União Europeia à importação de hidrocarbonetos russos.
A redução da oferta de petróleo também foi anunciada três dias após a aprovação dos ministros das Finanças do G7 de um documento que abre caminho para impor um teto aos preços do petróleo russo:
“Confirmamos nossa intenção política de finalizar e implantar um veto global a serviços que permitam o transporte marítimo de petróleo russo e produtos petrolíferos em nível global”, diz o comunicado aprovado na última sexta-feira (02/09) pelo G7, grupo formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
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Medida é tomada durante crise energética na Europa, devido a sanções impostas pela União Europeia à importação de hidrocarbonetos russos
Por meio de comunicado, a OPEP+ anunciou o consenso entre os países produtores de petróleo e explicou as razões da redução:
“Dados os fundamentos atuais do mercado do petróleo e o consenso sobre suas perspectivas, a OPEP e outros países produtores de petróleo que não pertencem à OPEP tomaram a decisão […] de voltar aos níveis de produção de agosto de 2022. Assinalando que o ajuste em alta dos níveis de produção em 0,1 milhão de barris por dia estava previsto apenas para setembro de 2022”.
Os termos do acordo receberam diversos ajustes: desde agosto, a OPEP+ entrou na fase final de retirada dos recordes anunciados há dois anos e, em setembro, está aumentando a produção para 100.000 barris por dia.
A próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) está prevista para o dia 5 de outubro, ainda segundo o documento.
(*) Com Ansa e Sputnik.