A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) fechou nesta quarta-feira (08/06) a primeira reunião do ano sem alcançar acordo em Viena para aumentar a produção de petróleo. Por essa razão, as cotas se manterão inalteradas em 24,8 milhões de barris diários.
“A reunião terminou e infelizmente não chegamos a nenhum consenso”, afirmou à imprensa o secretário-geral da Opep, Abdallah Salem el Badri.
Com esta decisão, a produção oficial fica em 24,8 mil barris ao dia frente ao bombeamento real de 26,2, como reconheceram os próprios analistas da Opep.
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Os sócios da organização mostraram-se divididos sobre que decisões deveriam tomar na reunião desta quarta-feira, com um grupo de países (Irã, Iraque, Venezuela e Equador) opostos a abrir as torneiras, e outros, liderados pelos do Golfo Pérsico, a favor de oferecer mais petróleo para baratear os preços.
“Alguns defendiam aumento na produção. Outros defenderam que tínhamos de tomar mais tempo para analisar a situação”, resumiu Badri para explicar as posições divergentes dos 12 sócios membros da Opep.
O secretário-geral não quis referir-se às posições específicas de nenhum país e ressaltou que a organização não está “em crise”.
“A razão pela que não conseguimos uma decisão é porque cada país tinha seus próprios números, mas o ambiente era amigável”, afirmou Badri. “Há um grande número de incertezas que tornaram difícil a tomada de decisão”, argumentou sobre as razões das dissensões entre os ministros.
A guerra civil na Líbia e a intervenção da OTAN (Organização do Tratadodo Atlântico Norte) obscureceram as reuniões de Viena. Enquanto o Catar reconheceu o CNT (Conselho Nacional de Transição), órgão que representa os rebeldes que lutam para derrubar o regime, como o único governo legítimo do país norte-africano, outros membros, como a Venezuela, mantêm apoio ao regime do coronel Muamar Kadafi.
O conflito na Líbia, além de dividir os membros do grupo por razões políticas, afeta seriamente o mercado petrolífero e pressiona em alta os preços do barril de petróleo.
Calcula-se que a Líbia deixou de produzir 1,4 milhão de barris diários. Agora, apenas bombeia 0,2 milhões. Os demais produtores da Opep só compensaram parcialmente essa perda de provisões.
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