Os líderes dos protestos que colocaram a Tailândia em uma de suas piores crises recentes aceitaram o plano de reconciliação do primeiro-ministro, Abhisit Vejjajiva, que inclui eleições para 14 de novembro.
A decisão saiu de uma reunião dos líderes da frente antigovernamental formada pelos “camisas vermelhas”.
Jaran Dittapichai explicou que pensa em apresentar ao governo “sugestões e ofertas”, mas não detalhou seu conteúdo, e acrescentou que a retirada de seus seguidores do centro da capital não será feita imediatamente.
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O acampamento montado pelos “camisas vermelhas” no coração comercial de Bangcoc nesta terça-feira (4/5) tem o mesmo aspecto que em dias anteriores, com grupos de manifestantes espalhados por uma área de três quilômetros quadrados que ocupam desde há um mês.
EFE
Os líderes dos camisas-vermelhas Jatuporn Prompan (E), Veera Musikhapong (C) e Natthawut Saikua (D) durante o anúncio de aceitação da proposta
O ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto no levante de 2006, tinha recomendado aos “camisas vermelhas” aceitar a oferta de reconciliação.
Em uma ligação telefônica efetuada do exterior durante a reunião mantida pelo Partido Puea Thai (dos Tailandeses), braço político da frente dos “camisas vermelhas”, Shinawatra disse que tinha chegado o momento de colocar fim aos protestos.
Os “camisas vermelhas” provêm em sua maioria das zonas rurais do norte e noroeste do país, as de maior densidade demográfica e redutos dos testas-de-ferro do multimilionário Shinawatra, condenado à revelia a dois anos de prisão por corrupção em 2008.
Investigação
Desde o início dos protestos, em 14 de março, 27 pessoas morreram e quase 1 mil ficaram feridas em explosões de granadas e outros artefatos e em enfrentamentos travados entre soldados das forças de segurança.
A data para realizar eleições proposta pelo chefe do governo adianta em um mês a feita em abril pelo governo às líderes dos “camisas vermelhas”.
O plano de reconciliação inclui a reforma constitucional para erradicar a injustiça nas estruturas econômica e política, mediante o compromisso do governo de fomentar o bem-estar com melhorias na educação e saúde.
Além disso, o governo se comprometeu a criar uma comissão independente encarregada de investigar as 27 mortes ocorridas nos enfrentamentos travados em 10 de abril entre “os camisas vermelhas” e os corpos de segurança em Bangcoc.
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