A oposição líbia rejeitou nesta quinta-feira (03/03) a proposta de mediação internacional na crise política do país feita mais cedo pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
“Não vamos negociar uma solução política. Queremos que ele [o coronel Muamar Kadafi, no poder do país desde 1969] seja levado a julgamento, mas se não lhe dermos uma saída, sabemos que mais pessoas serão mortas”, afirmou Ahmed Jabreel, presidente do Conselho Nacional – composto por opositores de todas as regiões do país.
Para ele, a solução ideal é a criação uma zona de exclusão aérea por parte da comunidade internacional para colaborar os rebeldes a derrubarem Kadafi.
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Em pronunciamento na cidade de Benghazi, Mustafa Gheriani, porta-voz do Conselho Nacional reiterou a rejeição da proposta. “Temos uma posição muito clara: é muito tarde, foi derramado sangue demais”, disse.
Mais cedo, a rede de notícias Al Jazeera informou que a proposta de Chávez havia sido aceita por parte do governo da Líbia. Segundo o ministro de Informação da Venezuela, Andres Izarra, Kadafi e Amr Moussa, secretário-geral da Liga Árabe, concordaram com o plano de paz proposto.
A proposta consiste em enviar à Líbia uma comissão integrada por países da América Latina, Europa e Oriente Médio para mediar a negociação entre Kadafi e os opositores, representados pelo Conselho Nacional.
O presidente da Venezuela apresentou o plano pela primeira vez na semana passada, durante um encontro com estudantes. Na ocasião, ele criticou as estratégias de intervenção militar apresentadas pela comunidade internacional.
“Em vez de mandar marines, aviões, navios de guerra e tanques [dos Estados Unidos] contra o povo líbio, por que não enviamos uma comissão de boa vontade que vá tratar de ajudar para que não continuem matando lá na Líbia?”, disse Chávez, segundo a rede estatal Telesur.
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