Os grupos opositores prosseguem com a tentativa de golpe de Estado na Bolívia para derrubar o governo do presidente Evo Morales. Neste domingo (10/11), após o mandatário convocar novas eleições gerais, o líder opositor Luis Fernando Camacho pediu a renúncia de Evo e de todos os parlamentares do partido governista Movimento ao Socialismo (MAS) até segunda-feira (11/11).
Camacho ainda pediu que o poder seja passado a uma “junta de governo transitório, conformado por notáveis da população”. “Tem até amanhã [para renunciar] e damos a oportunidade de fazê-lo de forma tranquila […] porque amanhã vamos estar com fé em deus com todo o povo boliviano para cumprir essa renúncia”, ameaçou o opositor.
Camacho, que é presidente do Comitê Cívico de Santa Cruz de La Sierra, já havia ameaçado o presidente boliviano em outra oportunidade. No último sábado, havia havia dado um “prazo” de 48 horas para que Evo Morales renunciasse.
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Na madrugada da última terça-feira (05/11), ele chegou ao aeroporto de El Alto, próximo a La Paz, e decidiu ir à capital boliviana para “entregar pessoalmente” uma “carta de renúncia” ao mandatário, mas foi impedido por manifestantes pró-Morales de deixar o aeroporto. Por volta das 9h40 de Brasília (8h40 em La Paz), Camacho retornou a Santa Cruz de la Sierra.
ABI
Líder opositor Luiz Fernando Camacho chegou a dar um ‘prazo’ para que presidente renuncie e ameaçou: ‘Tem até amanhã para fazê-lo’
Eleições gerais
O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou neste domingo a convocação de novas eleições gerais no país e a renovação total dos membros do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) como medidas de pacificação frente à escalada de violência e tentativa de golpe de Estado colocada em marcha por grupos de oposição.
“Decidi convocar novas eleições nacionais que, mediante o voto, permitam ao povo boliviano eleger democraticamente suas novas autoridades, incorporando novos atores políticos”, disse o presidente em comunicado transmitido em rede nacional.