O CNS (Conselho Nacional Sírio), principal organização opositora ao governo de Bashar al-Assad, criticou o veto de Rússia e China neste sábado (04/02) a um projeto de resolução sobre a Síria no Conselho de Segurança da ONU, classificando-o como “uma autorização ao regime de Damasco para matar”.
Ahmad Ramadan, dirigente do CNS, disse à Agência Efe que o veto representa “uma tentativa de deter qualquer processo político para dar uma solução à crise na Síria e deixa a porta aberta à linguagem da morte”.
Tradicionais aliados da Síria, Rússia e China usaram seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para rejeitar o projeto de resolução, que condenava a violência do regime de Damasco contra a população civil. As manifestações contra Assad já duram 11 meses e deixaram milhares de mortos.
O texto também apoiava o plano de transição da Liga Árabe, que pede a renúncia do presidente Assad e a formação de um governo de união nacional.
Ramadan afirmou que o CNS “condena categoricamente o que fizeram Rússia e China, e pensa que Moscou e Pequim não olharam com sabedoria o futuro de suas relações com o povo sírio”.
Ele explicou que o CNS agirá agora em duas frentes: irá à Assembleia Geral da ONU para pedir o apoio dos Estados-membros; e se dirigirá aos países árabes e a seus aliados para formar um grupo de contato internacional que trabalhe para isolar o regime, incluindo um bloqueio de armas, com o objetivo de impedir o governo Assad de receber “as ferramentas da morte oferecidas por amigos como a Rússia”.
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