Único candidato do clérigo islâmico na eleição presidencial do Irã, Hassan Rowhani, poderá ser eleito ainda no 1º turno, de acordo com os resultados parciais das apurações. De acordo com o Ministério do Interior, com 40% dos votos já contabilizados, o candidato mantém a vantagem que lhe permitiria ser eleito sem necessidade de uma segunda votação.
Leia também:
Conheça os seis candidatos que disputam a sucessão de Ahmadinejad
Sucessor de Ahmadinejad não irá suspender programa nuclear
No Irã, saúde é um dos setores mais afetados pelas sanções
Tema da eleição iraniana, crise econômica se agravou após novas sanções
Pré-seleção de candidatos diminui chance de fraude e instabilidade no Irã
A emissora de televisão oficial iraniana em inglês, “PressTV”, que cita fontes não identificadas, afirmou em seu site que a participação nas eleições presidenciais de ontem na República Islâmica esteve próxima de 80% dos 50,5 milhões de eleitores convocados.
Segundo os últimos dados oficiais do Ministério do Interior, Rohani tem 8.439.530 dos 16.166.392 de votos válidos apurados até o momento.
Agência Efe (14/06)
O candidato Hassan Rowhani, durante o dia de votação
Em segundo lugar está o ultraconservador prefeito de Teerã, Mohamed Bagher-Ghalibaf, com 2.560.383 de votos nesta apuração parcial, e o terceiro posto é ocupado agora pelo também ultraconservador Mohsen Rezaee, secretário do Conselho do Discernimento e ex-comandante do Corpo de Guardiães da Revolução, com 2.101.330 votos.
Os outros dois candidatos ultraconservadores, Saeed Jalil, secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional e principal negociador nuclear do Irã, passou do terceiro ao quarto lugar, com 1.890.462 votos, enquanto o quinto é seu correligionário, assessor do líder supremo e ex-ministro das Relações Exteriores, Ali Akbar Velayati, 977.765 sufrágios.
O sexto colocado, o tecnocrata Mohamad Gharazi, está longe do restante com somente 196.922 votos.
NULL
NULL
Caso sejam confirmados estes resultados no término da apuração, Rowhani seria eleito no primeiro turno, o que representaria uma grande vitória para o candidato que conseguiu mobilizar o eleitorado de seu setor, desencantado após a forte repressão aos protestos e denúncias de fraude nas eleições de 2009.
Rowhani, um clérigo pragmático que foi secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional e negociador do programa nuclear, se transformou no candidato de consenso dos reformistas após a renúncia do outro candidato desse movimento, Mohamad Reza Aref, e teve o apoio dos ex-presidentes reformistas Akbar Hashemi Rafsanjani e Mohamed Khatami.