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Camisa em apoio a policial que matou Michael Brown é vendida por US$40 dólares em site de compras online
“Foi um longo caminho para todos os envolvidos até chegarmos a esse ponto. Gostaríamos de agradecer todos que nos ajudaram a difundir a nossa mensagem: nós apoiamos Darren Wilson!”.
Foi com esta afirmação que a página do Facebook intitulada “Nós apoiamos Darren Wilson” destacou hoje (25/11) a decisão da Justiça dos EUA de não indiciar o policial que matou o jovem negro Michael Brown, em agosto na cidade de Ferguson, EUA. Na ocasião, o oficial desferiu seis tiros frontais no rapaz desarmado.
Já a página “Somos Darren Wilson“, criada com o mesmo objetivo, decidiu investir na venda online de camisas para declarar apoio ao policial que atirou no jovem de 18 anos. Comercializada a 40 dólares (cerca de R$ 100), a peça simula o uniforme da polícia local e tem um distintivo no peito com a expressão “Estamos com você, Darren”.
Repercussão
No twitter, a decisão da Justiça dos EUA esteve entre os assuntos mais comentados durante toda madrugada de hoje (25). Dezenas de pessoas publicaram imagens dos protestos em diversas regiões do país. Em Nova York, um grupo de manifestantes anunciou ter conseguido interditar as principais pontes da cidade.
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Grupo de manifestantes anunciaram que “interditaram as três principais pontes de Nova York”
Decisão gera revolta
A Justiça dos Estados Unidos decidiu na noite de ontem (24) não indiciar o policial que matou o jovem negro Michael Brown no mês de agosto em Ferguson, Missouri. Após ouvir 60 testemunhas, o júri anunciou que não existe “causa provável” para acusar o oficial.
A absolvição do policial gerou uma onda de revolta em Ferguson e se espalhou por outras regiões do país. De acordo com o jornal Washington Post, milhares de pessoas revoltadas com o desfecho do caso incendiaram carros, depredaram prédios e saquearam supermercados.
Entenda o caso
A morte de Michael Brown em agosto reacendeu a discussão em torno do racismo em forma de violência policial nos Estados Unidos e provocou uma série de protestos em Ferguson. Devido à situação na cidade, o presidente do país, Barack Obama, anunciou uma investigação profunda e independente.
A autópsia feita a pedido da família de Brown revelou que o jovem foi executado com pelo menos seis tiros, sendo dois na cabeça. A confirmação contrasta com a tese apresentada pelos policiais de que Brown teria resistido à prisão. Até o momento, não há informações oficiais de quais circunstâncias motivaram Darren Wilson atirar contra o jovem.
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