O embaixador da Palestina nas Nações Unidas (ONU), Riyad Mansour, disse nesta quarta-feira (29/01) que o presidente Mahmoud Abbas vai ao Conselho de Segurança para manifestar o rechaço do povo palestino ao chamado “Acordo do Século” anunciado pelos Estados Unidos, que pretende legitimar as ocupações de Israel na região.
Segundo Mansour, Abbas vai à ONU dentro de duas semanas e apresentará uma moção contra o acordo norte-americano. “Nós vamos tentar nosso melhor com nossos amigos para obter um projeto de resolução mais forte possível e receber a maior e mais forte votação possível a favor dessa resolução”, disse o diplomata.
Mansour ainda garantiu que o presidente da Palestina vai “colocar diante de toda a comunidade internacional” o repúdio dos palestinos frente aos “ataques” dos EUA.
FORTALEÇA O JORNALISMO INDEPENDENTE: ASSINE OPERA MUNDI
“[Abbas] pretende colocar diante de toda a comunidade internacional a reação do povo palestino e a liderança palestina contra esse ataque violento aos direitos nacionais do povo palestino pelo governo Trump”, afirmou.
Kremlin
Mahmoud Abbas, presidente da Palestina vai à ONU contra plano norte-americano
Ainda nesta quinta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se encontrou com o presidente Vladimir Putin, em Moscou, onde apresentou o plano de Trump ao mandatário russo.
“Gostaria de falar com você, ouvir suas ideias e ver como podemos combinar todas as nossas forças para segurança e paz”, disse Netanyahu ao se reunir com Putin.
Plano
Na terça-feira (28/01), Donald Trump revelou um “plano de paz” para o Oriente Médio, que prevê “uma solução de dois Estados” e defende Jerusalém como capital “indivisível” de Israel. O plano ainda define que os EUA reconheceria a Palestina como soberana e que a nação teria uma capital em Jerusalém Oriental.
A população da palestina rechaçou tal acordo e manifestaram pelas avenidas da Palestina, pelo segundo dia consecutivo, queimando bandeiras norte-americanas e imagens de Trump e Netanyahu.
Muitos dos palestinos que estavam na mobilização carregavam cartazes e entoavam que a “Palestina não está à venda”. A frase foi repetida inclusive pelo mandatário palestino, Mahmoud Abbas, ao rechaçar o anúncio de Trump.