No aniversário de cinco anos da morte de Yasser Arafat, milhares de palestinos se reuniram hoje (11) em Ramala, na Cisjordânia. As cerimônias oficiais aconteceram nas imediações do mausoléu onde está enterrado o líder histórico, que da luta armada às negociações diplomáticas, faleceu em 2004 aos 75 anos sem ter visto a criação de um estado palestino. Arafat teve falência múltipla de órgãos enquanto era atendido em um hospital de Paris, após 13 dias de internação.
Abed Al Hashlamoun/EFE
Em discurso, o atual presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina) – instituição criada após os acordos de Olso de 1993 e que vive atualmente uma crise de credibilidade –, Mahmoud Abbas, mandou uma mensagem conciliadora ao Hamas.
A divisão entre o Hamas e o Fatah, partido político oriundo da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), sediado na Cisjordânia, se acentuou após as eleições legislativas realizadas em 2005, vencidas pelo Hamas, baseado em Gaza e que proibiu demonstrações no território palestino pela morte de Arafat.
“O Hamas existe e nunca desaparecerá do cenário palestino”, afirmou Abbas, que na semana passada anunciou que não disputará a reeleição no pleito de janeiro. “Aqui está minha mão, preparada para a reconciliação. Vamos nos unir para enfrentar a ocupação israelense. Somos muçulmanos, como vocês”, disse aos islamitas, com os quais o Fatah mantém um conflito desde que o Hamas expulsou de Gaza as forças de segurança leais ao movimento nacionalista.
Assentamentos
Abbas declarou que as negociações de paz com Israel não serão retomadas sem que o governo israelense aceite um cessar total da colonização judaica nos territórios palestinos ocupados.
“A retomada das negociações depende da adesão de Israel aos termos de referência da paz, e isto inclui o cessar de todas as colônias, inclusive em Jerusalém”, afirmou
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