Centenas de palestinos protestaram nesta terça-feira (15/09) na Cisjordânia e na Faixa de Gaza contra os acordos assinados hoje pelos Emirados Árabes Unidos e Bahrein com Israel.
Usando máscaras de proteção contra o novo coronavírus, os manifestantes se reuniram nas cidades de Nablus e Hebron, no norte e no sul da Cisjordânia, e na Cidade de Gaza.
Diversas frases como “Não à normalização com o ocupante israelense”, “Os acordos da vergonha” e “Traição” puderam ser lidas em alguns cartazes.
O acordo, que reatou as relações diplomáticas entre as duas nações árabes com Israel, foi assinado nesta terça-feira em Washington, em cerimônia que contou com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, e com os ministros das Relações Exteriores dos Emirados Árabes, Sheikh Abdullah bin Zayed al-Nahyan, e do Bahrein, Abdullatif Al Zayani, além do presidente norte-americano Donald Trump.
Segundo os EUA, o acordo pretende contornar a questão da Palestina no sentido de criar uma solução de dois estados para o conflito com Israel e permitir uma reaproximação do Estado judeu com alguns de seus países vizinhos.
Entretanto, os palestinos não foram incluídos nas negociações e criticaram duramente as iniciativas, assim como outros países na região, como o Irã e a Turquia.
Wikicommons
‘Dia obscuro na história do mundo árabe’, dizem palestinos
Nesta segunda-feira (14/09), a Autoridade Palestina e o Hamas lamentaram a assinaturados acordos de normalização de Israel com Bahrain e os Emirados Árabes Unidos (EAU) em Washington e classificaram o ato como um “dia obscuro” e uma “facada nas costas”.
“Testemunharemos um dia obscuro na história do mundo árabe, de derrota para as instituições da Liga Árabe, que não estão unidas, mas divididas. A iniciativa árabe de paz morre, assim como o consenso árabe, e é nosso dever como palestinos sairmos unidos desta crise”, disse o premiê da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh.
*Com Sputnik