Um grupo de insurgentes do sudoeste paquistanês destruiu nesta segunda-feira (12/12) seis caminhões-pipa da OTAN e matou um de seus motoristas. Os caminhões-pipa se dirigiam à cidade portuária de Karachi, já que a fronteira afegã continua fechada para o transporte de provisões para as tropas internacionais.
Este ataque aconteceu depois que outro grupo de homens armados incendiou na última quinta-feira (8/12) pelo menos 30 caminhões-pipa da OTAN em Quetta, capital de Baluchistão.
Em resposta ao ataque da OTAN que matou 24 soldados paquistaneses em 26 de novembro, o Paquistão decidiu fechar as passagens fronteiriças de Chaman e Khyber, maior acesso rodoviário do país. Forças internacionais, apesar de terem outras vias de provisão pela Ásia Central, dependem destas rotas.
O governo anunciou também que a base aérea de Shamsi, utilizada pelos EUA para reabastecer aviões não tripulados, já foi desalojada no domingo (11/12). Apesar disso, analistas militares lembram que Washington dispõe de outras bases, o que permite ao país seguir realizando ataques com esse tipo de aeronave.
Em entrevista à emissora britânica BBC, o primeiro-ministro paquistanês, Yousuf Raza Gillani, disse que seu governo poderá demorar semanas para permitir a passagem de veículos da OTAN.
Efe
Os caminhões-pipa tentavam rota alternativa para a entrega de suprimentos às tropas no Afeganistão
Histórico
Em 25 de novembro o Paquistão disse condenar “energeticamente” um ataque da OTAN contra suas forças militares na fronteira com o Afeganistão. O bombardeio incorreu na morte de 20 oficiais e deixou outros 14 feridos.
O chefe do exército paquistanês, Ashfaq Parvez Kiyani, também viria a criticar o ataque no último dia 2. Na ocasião, disse que retaliaria a OTAN “com toda sua força” caso um novo ataque fosse dirigido às suas tropas. Em seu discurso, frisou que, no atual contexto militar, não levaria em conta “nem custos nem consequências”.
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