O Conselho Europeu pediu, por meio de comunicado, nesta segunda-feira (03/10), que a Comissão Europeia “proponha soluções praticáveis para reduzir os preços do gás por meio de um teto de preços”.
A proposta deve ser debatida até a próxima quinta-feira (06/10), e poderá sofrer alterações, com o risco de que, ao fim da cúpula, uma “declaração final” não seja publicada, caso não sejam dados “passos adiante”.
O pedido acontece depois de um encontro informal entre líderes dos 27 países-membros do bloco europeu. Chefes de Estado ainda pedem que o Executivo do bloco “acelere as negociações para parcerias reciprocamente vantajosas de segurança nos fornecimentos e redução dos preços”.
O documento também ressalta que a Comissão Europeia deve “desenvolver um benchmark mais representativo para o GNL que reflita, de maneira mais acurada, as condições do mercado” internacional de preços e para “acelerar os trabalhos para garantir um bom funcionamento dos mercados financeiros – e limitar a excessiva volatilidade dos preços”.
European Union Naval Force/Flickr
Proposta deve ser debatida até a próxima quinta-feira (06/10), com risco de que não haja publicação de declaração final
“Além de enfrentar os desafios de curto prazo, precisamos discutir na nossa próxima reunião de outubro os passos necessários para fazer uma União da energia completa ao serviço do nosso objetivo de soberania energética europeia e neutralidade climática”, acrescentam os líderes no rascunho.
Os chefes de governo também dizem que a “principal preocupação” é “enfrentar os preços elevados para as famílias e para as empresas, sustentar o crescimento e o emprego, preservar a integridade do mercado único e proteger os mais vulneráveis”.
Há meses os líderes europeus vêm debatendo como tentar conter a elevação da inflação em todo o bloco. O aumento nos preços da energia e combustíveis estão entre as principais causas da disparada.
A alta ainda é agravada por conta do conflito na Ucrânia, com a UE tentando diminuir sua dependência do gás da Rússia que, por sua vez, vem cortando ou diminuindo o fornecimento para tentar reverter as sanções aplicadas contra Moscou.
(*) Com Ansa.