O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, defendeu nesta terça-feira (26/10) a necessidade de uma revisão da estratégia mundial de luta contra as drogas se for aprovado no estado norte-americano da Califórnia o referendo que autoriza o consumo e a produção de maconha.
“Se não atuamos de maneira consistente neste assunto, se tudo o que estamos fazendo é enviar nossos concidadãos à prisão enquanto em outras latitudes o mercado é legalizado, então devemos nos perguntar se não é hora de revisar a estratégia global frente às drogas”, questionou o mandatário.
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Santos falou durante a abertura, em Cartagena, da 12ª reunião do Mecanismo de Diálogo e Concertação de Tuxtla, à qual comparecem os líderes do Executivo do México, Felipe Calderón; de Honduras, Porfirio Lobo; da Guatemala, Álvaro Colom; e da Costa Rica, Laura Chinchilla.
O colombiano também se perguntou “se a oitava economia do mundo [Califórnia], que promove com tanto êxito sua tecnologia de ponta, seus filmes e seus bons vinhos, vai permitir então a importação de maconha a seu chamativo mercado”.
No dia 2 de novembro, além de votar nas eleições legislativas norte-americanas, os californianos decidirão sobre a legalização da maconha para consumo recreativo. No estado já é permitido comprar o produto de cultivos autorizados para uso medicinal, desde que seja apresentada uma receita.
De acordo com o presidente colombiano, os países da região têm “a autoridade moral para exigir uma conversa franca que defina até onde vamos, como sócios e iguais, nesta luta”, o que poderia ser uma alusão ao governo de Barack Obama, que se opõe à medida.
Além da Colômbia, que enfrenta um conflito interno há mais de 50 anos e tem empreendido um intenso combate ao narcotráfico, o México também já se pronunciou contra a consulta que será feita na Califórnia. O país é a porta de entrada de boa parte das drogas que entram no mercado norte-americano, e teme que o crime aumente.
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