O Paraguai terá o maior crescimento dos últimos 30 anos, segundo previsões do FMI (Fundo Monetário Internacional) e estimativas da consultora internacional norte-americana PricewatherhouseCooper. O PIB (Produto Interno Bruto) deve apresentar crescimento entre 9% e 10,5% em 2010, colocando o país no maior patamar da América Latina.
Em junho de 2009, o FMI havia previsto crescimento de 6% para o PIB paraguaio. O país está se recuperando de maneira mais forte do que o esperado da crise econômica mundial e da seca que prejudicou a economia nacional no ano passado.
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Este crescimento será possível por conta dos resultados recordes na agricultura, mas também pela macroeconomia, isto é, a condição de parceiros comerciais, principalmente os vizinhos sul-americanos, que acompanham o movimento de recuperação da crise.
A consultoria privada Clube Econômico do Paraguai, consultada pela BBC Mundo, explicou que o crescimento de 10,5% estará embasado principalmente na exportação de soja e de carne, os principais produtos vendidos pelo Paraguaio ao exterior.
O gerente da Clube Econômico, Abelardo de Paula Gómez, disse que os dados coletados sobre a exportação da soja, 7,5 milhões de toneladas, superaram a estimativa inicial, de 7,1 milhões de toneladas.
“Estes dados do setor agrícola está reforçando ainda mais o resultado, que deve chegar a 10,5% neste ano”, disse Gómez.
Exportações
Segundo o Banco Central do Paraguai, as exportações de produtos paraguaios registraram um aumento de 39,7% no final de terceiro trimestre deste ano. Foi registrada a entrada de mais de 3.400 milhões de dólares, antes 3.100 milhões de dólares do ano passado.
O Paraguai exportou 1.500 milhões de dólares em semente de soja, o equivalente a 43% do total das exportações. O número é recorde para o setor, segundo o jornal paraguaio ABC Color.
Pela exportação de carne entraram 657 milhões de dólares até o início de outubro. No ano passado todo, entrou 578 milhões de dólares.
O vice-presidente da ARP (Associação Rural do Paraguai), Germán Ruiz, disse que a previsão para o volume de entrada até o final deste ano é de 850 milhões de dólares 20% do total das exportações.
No início de outubro, o FMI informou que o crescimento econômico da América Latina será maior do que o previsto. Em 2010, calcula-se que a América Latina em seu conjunto crescerá 5,7%, contra 4,8% que tinha estimado há três meses, e no ano próximo 4%, o mesmo número que tinha antecipado previamente.
As perspectivas variam dentro da região. Em pior posição estão os países que têm mais dependência dos Estados Unidos. É o caso do México, assim como dos países da América Central e do Caribe, que são muito dependentes do turismo e das remessas enviadas a partir dos EUA.
O México deve crescer neste ano 5%, 0,05% a mais que o previsto
em julho. Em 2011, espera-se crescimento do PIB de 3,9%.
Ao lado do Paraguai, o FMI destacou o desempenho do Uruguai, um país que “fez progressos substanciais em suas políticas macroeconômicas” e do qual é esperado crescimento de 8,5% em 2010 e 5% em 2011.
As estimativas apontam Argentina e Brasil em 2010 com crescimento de 7,5%; para o Chile, 5%; Colômbia, 4,7% e Peru 8,3%.
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