Na Cúpula dos Chefes de Estado e de Governo do Mercosul (Mercado Comum do Sul), que acontecerá nos dias 19 e 20 de dezembro em Montevidéu, capital do Uruguai, o governo do Paraguai insistirá sobre a necessidade da livre circulação de energia.
O anúncio foi feito neste sábado (17/12) pelo representante paraguaio do Parlasul (Parlamento do Merscosul) e assessor do governo no setor energético, Ricardo Canese, depois de uma reunião com o presidente Fernando Lugo.
“O Mercosul não pode ser somente um espaço para grandes discursos, mas também tem que ser solidário e esta é uma ocasião propícia”, expressou Canese, em referência à dificuldade que o país tem tido em negociar o transporte de energia por meio do território argentino para o Uruguai.
O Paraguai tem o plano de vender cerca de 200MW de energia de sua central hidrelétrica de Acaray para o Uruguai, que, segundo o parlamentar, tem sofrido uma grave e custosa crise de abastecimento. De com informações de funcionários paraguaios, a Argentina quer cobrar um “pedágio abusivo” pelo uso de suas redes para a transmissão do fluido energético entre os dois países.
Canese acrescentou que “só falta a vontade política da Argentina” para concretizar a operação e que, portanto, pedirá à presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que permita a passagem da energia.
O parlamentar também afirmou que seu país dispõe de energia suficiente a baixo custo, mas que, no momento, o Uruguai tem pagado “um alto valor para Brasil e Argentina”. “Mais que nunca se impõe ao Mercosul ser solidário, estar presente para que um povo irmão solucione seu problema”, sustentou.
O Paraguai é coproprietário, com Brasil e Argentina, das barragens de Itaipu e Yacyretá, cujos tratados obrigam que os enormes excedentes sejam vendidos apenas para os países-sócios. O país ainda dispõe de centrais internas das quais pode dispor livremente de energia.
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