Atualizada às 14h15
Diversas capitais de países do continente europeu receberam neste domingo (07/04) manifestações da Jornada Mundial pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na França, os manifestantes se reuniram na Esplanada do Trocadéro, em Paris. O líder do partido de esquerda francês França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, esteve presente na manifestação.
“São circunstâncias absolutamente inacreditáveis que nos trazem muita emoção em saber que Lula está na prisão. E nós, que conhecemos o político, sabemos que, depois da doença terrível, da morte de sua esposa, prisão por 12 anos, que os corrompidos são os homens que colocaram Lula na prisão, corrompido é o ministro da Justiça e o presidente fascista, Bolsonaro”, disse Mélenchon.
A filósofa Marcia Tiburi também discursou no ato e defendeu a inocência do ex-presidente. “Queria estar comemorando a vitória de Lula como presidente do Brasil. Mas hoje temos que falar de fascismo e do nosso presidente querido preso injustamente na condição tão explícita de preso político. Isso é muito triste”, disse Tiburi.
A ex-candidata ao governo do Estado do Rio de Janeiro nas eleições de 2018 afirmou que o projeto em curso no país pretende “devolver o Brasil à sua condição de país colonizado”.
“Os países da Europa precisam olhar para a América Latina. Precisamos juntar as esquerdas contra o projeto de poder do neoliberalismo que está destruindo nosso país”, disse.
Em Londres, no Reino Unido, manifestantes percorreram pontos da cidade com um ônibus levando cartazes com os dizeres “Lula Livre”.
A ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate a Fome durante o governo de Dilma Rousseff, Tereza Campello, esteve presente no ato da capital britânica e afirmou que a prisão de Lula é injusta.
“Estamos denunciando essa prisão injusta. Lula foi preso porque se estivesse livre ele seria hoje o presidente do Brasil. Se ele estivesse livre, não iam vender a Petrobrás, o pré-sal, não iam acabar com nossa aposentadoria e com a CLT”, disse Campello.
Em Viena, na Áustria, foi realizado um ato na Praça de Santo Estevão, no centro da cidade.
“Não podemos esquecer o que Lula representa. Ele é um símbolo, não é apenas um político. Ele é a voz do Brasil, a voz daqueles que foram sempre excluídos. E como muitas vozes no Brasil, ele foi calado”, disseram os organizadores.
O ato também lembrou a vereadora carioca Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro em 2018. “Temos que lembrar de Marielle e de outros ativistas pelos direitos humanos que foram assassinados. Nós estamos aqui por Lula, mas também pela democracia, pela voz dos povos e por sua autodeterminação”.
Berlim, Lisboa e Barcelona
Cerca de 100 pessoas se reuniram na capital da Alemanha em solidariedade ao ex-presidente. Manifestantes se concentraram na praça Hermannplatz onde faixas foram estendidas pedindo a liberdade de Lula.
Em Lisboa, capital portuguesa, artistas se apresentaram no centro da cidade com canções e discursos em prol da Jornada Mundial Lula Livre.
Também foi registrada uma marcha em Barcelona, na Espanha. Os manifestantes se reuniram no Parque de la Ciudadela e caminharam pela cidade com cartazes destacando o caráter político da prisão do ex-presidente.
Atos também aconteceram em Bruxelas, Bonn, Coimbra, Amsterdã, Bolonha, Copenhague, Munique, Frankfurt, Hamburgo, Colônia, Manchester, Tübingen (Alemanha) e Aarhus (Dinamarca), e Madri.
Fora da Europa, as cidades de Montevidéu, Nova York, Los Angeles, Boston, Cidade do México, Sydney, Melbourne e Saint-Louis receberam manifestações.
Reprodução/Comitê Lula Livre França
Na França, os manifestantes se reuniram na Esplanada do Trocadéro, em Paris