Após semanas de discussões políticas e protestos estudantis, o Parlamento britânico aprovou na tarde desta quinta-feira (9/12), por 323 a 302 votos, a reforma educacional que prevê o aumento das taxas anuais de empréstimos universitários cobradas em instituições de ensino da Inglaterra. Desde cedo, milhares de estudantes britânicos protestam no centro de Londres, passaram pelo Palácio de Buckingham, residência da rainha Elizabeth II, e depois se dirigiram ao Palácio de Westminster, onde ficam as casas do Parlamento.
De acordo com o projeto, proposto pelo Executivo, o piso das anuidades dos empréstimos em universidades inglesas passaria de 3.290 libras (o equivalente a 8,9 mil reais) para 6 mil libras (18 mil reais), e algumas universidades poderiam cobrar até 9 mil libras (24 mil reais) em circunstâncias excepcionais, se oferecem, por exemplo, bolsas e programas que incentivassem estudantes mais pobres a cursá-las. O empréstimo poderá ser quitado quando o estudante estiver ganhando um salário anual a partir de 21 mil libras (56 mil reais).
Leia mais:
Por um mundo economicamente multipolar
América Latina – a mídia é a pauta da vez
G20 e Direitos Humanos
A Globalização da revolução
Obama e o meio do mandato
Um continente, muitas diferenças
Durante a campanha eleitoral para as eleições legislativas, realizadas em maio deste ano, o partido Liberal Democrata, liderado por Nick Clegg, que, junto do partido Conservador integra a coligação governista, tinha se oposto ao aumento dos custos da educação. Agora, alguns liberais democratas mudaram de posição, usando como justificativa a crise econômica e a necessidade de aplicar medidas de austeridade.
O aumento nas taxas de empréstimos universitários valerá exclusivamente para os estudantes na Inglaterra. Estudantes galeses não pagarão taxas mais altas. Na Escócia, não há empréstimos estudantis, e a Irlanda do Norte ainda não definiu como responderá aos aumentos nas taxas, caso estes sejam aprovados em Londres.
Efe
Protestos começaram cedo em frente ao Parlamento
As manifestações universitárias têm sido frequentes desde que o projeto foi apresentado, no início de novembro, em meio a planos governamentais de cortar em até 40% o orçamento para a educação superior.
Segundo a emissora britânica Sky News e o jornal The Guardian, houve confronto entre policiais e manifestantes. Algumas pessoas foram presas e outras ficaram feridas. Os estudantes não conseguiram entrar no Parlamento porque a área estava isolada.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL