O presidente do parlamento do Irã, Ali Larijani, propôs a criação de uma convenção internacional para proteger todas as religiões do mundo, segundo o canal de notícias iraniano PressTV.
Em comunicado emitido nesta terça-feira (14/9), Larijani condenou a recente atitude do pastor norte-americano que ameaçou queimar o Alcorão como forma de protesto contra os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 e apelou que a IPU (em inglês, Organização Internacional de Parlamentos) organize a criação de um documento que teria como principal objetivo zelar pelo respeito a todas as religiões praticadas nos diferentes países.
“Hoje, as pessoas com pensamentos extremistas e perigosos criam desafios através de seus pensamentos antiislâmicos e de ações como a publicação de Versos Satânicos [livro do escritor britânico Salman Rushdie], caricaturas blasfemas dos profetas, como Maomé, filmes como Fitna [curta-metragem holandês sobre violência islâmica] e agora sua recente profanação do livro sagrado muçulmano”, diz o comunicado.
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Em 2005, o cartunista dinamarquês Kurt Westergaard publicou caricaturas do profeta Maomé no jornal local Jyllands-Posten, que posteriormente foram reeditadas em diversos jornais ocidentais. Os desenhos foram considerados uma blasfêmia por muçulmanos de diversos países.
Três anos depois, o deputado holandês de extrema-direita Geert Wilders produziu o filme Fitna, no qual instiga a islamofobia e o ódio contra o Islã ao dizer que os muçulmanos promovem a violência e a intolerância contra as outras religiões.
E, na semana passada, o pastor evangélico Terry Jones, do interior da Flórida, ameaçou realizar uma grande queima de exemplares do Alcorão, no que foi duramente condenado pelo próprio governo dos Estados Unidos.
As atitudes causaram críticas da comunidade internacional e polêmica no mundo muçulmano, que em muitos países, incluindo o Irã, foram organizadas manifestações para condenar a iniciativa.
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