O Parlamento da Turquia aprovou nesta quinta-feira (24/03) a participação das Forças Armadas do país na intervenção militar na Líbia. As informações são das redes de televisão turcas repassadas à agência Efe.
O exército turco fornecerá quatro fragatas, uma embarcação de apoio e um submarino à coalizão internacional que, há seis dias ataca as forças do governo do país com o objetivo de aplicar uma zona de exclusão aérea em todo o território líbio.
A decisão parlamentar permitirá ao exército participar durante o prazo de um ano em missões no marco da operação contra as forças do coronel Muamar Kadafi, desde que em cumprimento às resoluções 1970 e 1973 do Conselho de Segurança da ONU, que aprovaram as medidas tomadas pela coalizão.
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O governo do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan foi reticente na hora de se unir a seus parceiros no ataque, pois teme ver que sua boa imagem entre os povos do Oriente Médio e da África do Norte fique manchada por participar de uma operação que alguns qualificam como “imperialista”.
Por isso, o Executivo deixou claro que, por enquanto, suas forças só participarão da supervisão do embargo de armas ao governo de Kadafi.
Além disso, Ancara deixou claro que a operação deve ser comandada pela OTAN e não especificamente por um país.
A sessão parlamentar para aprovar a intervenção na Líbia transcorreu a portas fechadas e em meio a protestos de centenas de ONGs.
Finalmente, a intervenção foi aprovada com o apoio da legenda governista, o Partido da Justiça e o Desenvolvimento (AKP) e de grande parte do maior grupo parlamentar da oposição, o Partido Republicano do Povo (CHP).
Opuseram-se à intervenção os ultranacionalistas turcos e os nacionalistas curdos.
A Turquia já tinha enviado um terço de sua frota para a Líbia, o que gerou críticas de vários especialistas que consideram que o fato de os navios terem partido antes da aprovação do Parlamento “violou a soberania nacional”.
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