Os primeiros contornos do próximo governo de Israel começaram a ser desenhados hoje (19), porém, acompanhados de um impasse. Avigdor Lieberman, dirigente do partido de ultradireita Yisrael Beiteinu, confirmou seu apoio a Benjamin Netanyahu, líder do partido de direita Likud, que conquistou 27 cadeiras na Knesset (Parlamento) nas últimas eleições. No entanto, Lieberman exigiu que a liderança do país fosse formada por “um governo amplo”, com participação do partido Kadima. Tzipi Livni, candidata governista e atual chanceler, recusou a idéia.
Com o endosso do Beiteinu, detentor de 15 cadeiras, Netahyahu sairia na frente e teria mais chances de formar uma maioria no Parlamento – o ex-primeiro-ministro pode reunir até 65 cadeiras em uma aliança com outros partidos direitistas, como o Shas, e ultrapassar o número de parlamentares que Tzipi Livni acumularia em uma aliança de centro-esquerda: 55. Para ter maioria, é necessário formar um bloco de 61 no Parlamento, já que há 120 deputados.
“Não fomos escolhidos para legitimar um Governo de extrema-direita, devemos ser uma alternativa de esperança e iremos para a oposição” declarou Livni, segundo o jornal Haaretz.
Roni Baron, ministro das Finanças partidário do Kadima, declarou recentemente que o próximo governo terá um caráter “extremista” e que será “o mais curto da história de Israel”, referindo-se a falta de estabilidade do partido, por ser “refém da extrema direita”.
Amanhã (20), Livni e Netanyahu se encontarão, em horários distintos, com o atual primeiro-ministro israelense, Shimon Peres, a quem cabe a decisão de quem irá governar o país nos próximos quatro anos.
“Tenho a intenção de fazer um esforço suplementar para convencer os partidos a cooperarem, tendo em vista a constituição de um governo amplo e estável”, declarou Peres, em comunicado. A decisão do primeiro ministro é prevista para ser divulgada no domingo (22) ou na segunda-feira (23).
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