O partido venezuelano opositor Esperanza por el Cambio se juntou nesta quarta-feira (18/09) à mesa de diálogo permanente com o governo da Venezuela instalada na última segunda-feira (16/09) e assinou os acordos parciais firmados entre chavistas e opositores.
Durante cerimônia, a vice-presidente da Veneuzlea, Delcy Rodríguez, afirmou que aqueles que ficaram fora do acordo estão “isolados”. “Esse setor que hoje atira pedras contra a Mesa de Diálogo é um setor isolado. A grande maioria dos venezuelanos e venezuelanas estão contentes com essa iniciativa”, disse.
Rodríguez ainda afirmou que “a única coisa que esperamos dos EUA é que recuperem o caminho do diálogo com o governo de Nicolas Maduro”.
Por sua vez, o líder do Esperanza por el Cambio, Javier Bertucci, ratificou os pontos já acordados entre opositores e governo e destacou a importância do diálogo entre as partes.
“Esta mesa tem como objetivo principal gerar soluções em pouco tempo que nos permitam verificar a vontade do governo para articular ações em benefício da população e que seja um convite aberto a todos”, disse.
VTV
Líder do Esperanza por el Cambio, Javier Bertucci, ratificou pontos já acordados e destacou a importância do diálogo entre as partes
Acordo
O governo da Venezuela anunciou nesta segunda-feira um acordo parcial com parte da oposição. O pacto prevê a instalação de uma mesa de diálogos de agenda aberta e a volta de deputados do governista PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) à Assembleia Nacional.
Reunidos com os partidos de oposição MAS (Movimento ao Socialismo), Avanzada Progressista, Soluciones para Venezuela e Cambiemos, o ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, e a vice-presidente, Delcy Rodríguez, fizeram o anuncio ao lado do deputado opositor Tiomoteo Zambrano. O Copei deverá se somar nos próximos dias.
Não fizeram parte do acordo o partido de direita Voluntad Popular (VP), do autoproclamado presidente Juan Guaidó, o Primero Justicia (PJ) e o Ação Democrática (AD) – que governou o país durante décadas em um acordo com o Copei. Tanto o VP, quanto o PJ arquitetaram a tentativa fracassada de golpe de Estado do dia 30 de abril, que pretendia derrubar o presidente Nicolás Maduro.
O acordo ainda prevê a consolidação de um novo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), liberdade de presos de acordo com a Comissão da Vida, um programa de troca de petróleo por alimentos e medicamentos, a defesa da soberania venezuelana sobre o território de Essequibo (região da fronteira com a Guiana) e o rechaço às sanções econômicas contra o país, bem como a exigência de suas suspensões.
*Com teleSur