O pastor norte-americano Terry Jones, que planejava queimar exemplares do Alcorão no aniversário dos atentados de 11 de Setembro em 2010, anunciou que fará uma visita ao Marco Zero este ano, quando os 10 anos do ataque terrorista serão lembrandos. Ele afirmou que organizará uma manifestação em Nova York contra a “influência islâmica na sociedade”.
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Jones provocou polêmica em setembro de 2010, ao dizer que queimaria o Alcorão
Há um ano, após fortes reações no mundo muçulmano e das críticas de líderes internacionais, incluindo o presidente norte-americano, Barack Obama, Jones desistiu da ideia de queimar o livro sagrado e afirmou que nunca mais voltaria a tentar queimá-lo. Porém, em março desse ano, o pastor incendiou um exemplar do Alcorão em uma igreja de Gainesville, Flórida.
Jones programou um “julgamento” dentro da igreja, no qual o Alcorão foi declarado “culpado” de várias acusações, entre elas assassinato. Em seguida a pena foi executada: o exemplar foi queimado. O livro foi molhado com querosene e colocado em um recipiente de metal no centro do templo da igreja Dove World Outreach Center. “Tentamos dar ao mundo muçulmano uma oportunidade de defesa de seu livro”, disse o pastor.
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Poucos dias depois, centenas de afegãos saíram às ruas de Mazar-I-Sharif, principal cidade do norte do país, para protestar contra o pastor. Um grupo invandiu um escritório da ONU (Organização das Nações Unidas) e matou cinco nepaleses e três outros funcionários estrangeiros.
Os manifestantes fizeram uma declaração exigindo que o governo afegão “rompesse qualquer ligação diplomática com os EUA se eles não julgassem o pastor que queimou o Alcorão”. Eles pediram ao Parlamento afegão que “declare ilegal a presença de tropas estrangeiras no Afeganistão”, onde cerca de 132.000 soldados estrangeiros apoiam o governo de Cabul contra os insurgentes talibãs.
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