Pesquisadores da Universidade de Medicina Veterinária de Cornell, nos EUA, conseguiram, pela primeira vez, gerar cães por meio de fertilização in vitro, segundo estudo apresentado pela universidade na terça-feira (09/12). A descoberta pode ajudar a erradicar doenças hereditárias presentes tanto nos cachorros, quanto em humanos.
Agência Efe
Os cãezinhos são uma mistura das raças beagle e cocker spaniel
“Desde os anos 1970 os cientistas vêm tentando realizar fertilizações in vitro em cães sem sucesso”, disse em comunicado Alex Travis, um dos autores do estudo. Segundo ele, tentativas anteriores falharam porque o sistema reprodutor dos animais é diferente daquele presente na maioria dos outros mamíferos, inclusive nos humanos.
Assim, os cientistas realizaram algumas mudanças no processo de fertilização, o que incluía adicionar magnésio à cultura dos óvulos, ajudando a imitar as condições químicas do trato reprodutivo canino. Outra técnica foi congelar os embriões para implantá-los na mãe durante o momento mais propício de seu ciclo reprodutivo.
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Primeiros cães gerados por fertilização in vitro nasceram em julho
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Com essas mudanças, dos 19 embriões que foram implantados, sete geraram filhotes. Nascidos saudáveis, eles são uma mistura das raças Beagle e Cocker Spaniel.
As técnicas utilizadas para gerar os cães podem auxiliar no processo de salvar espécies em extinção, como o mabeco, o cão-selvagem-africano; além de curar doenças comuns em certas raças, como linfomas em Golden Retrievers.
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Descoberta pode auxiliar na cura de doenças em humanos
Além disso, a descoberta possibilita o descobrimento da cura de doenças presentes tanto nos animais quanto em humanos. O estudo mostrou que os cães compartilham mais de 350 deficiências e traços hereditários com humanos, quase o dobro a mais que qualquer outra espécie.