Pelo menos 36 pessoas morreram afogadas e outras 52 foram resgatadas após uma embarcação que levava migrantes africano ter naufragado na costa leste da Líbia. Segundo informaram autoridades governamentais neste domingo (11/05), 42 pessoas ainda estão desaparecidas em função do acidente ocorrido na quinta-feira (08).
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Agência Efe (arquivo/out.2013)
Mulheres e crianças detidas após embarcação naufragar no Mediterrâneo em 2013; acidentes deste tipo são recorrentes
“O barco naufragou a 4 km de Garabulli [50 km a leste da capital Trípoli]. Conseguimos salvar 52 de diversas nacionalidades; 36 corpos foram recuperados até o momento”, disse à AFP o coronel Ayub Kassem, ressaltando que as buscas continuarão.
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A embarcação levava cerca de 130 pessoas a bordo quando tombou em pleno mar após um pedaço do casco ter cedido em função do peso dos passageiros. Segundo relatos, havia migrantes de Burkina Faso, Camarões, Gâmbia, Mali e Senegal.
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Ontem, o ministro do Interior líbio, Salah Mazek, havia dito que Trípoli poderia “facilitar” o traslado “ilegal” de pessoas em direção à Europa caso a União Europeia não se comprometesse a combater o problema. Pela sua proximidade da costa italiana, a Líbia é um ponto de passagem frequente na rota de migrantes africanos que buscam alcançar a Europa por meio do Mar Mediterrâneo.
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“A Líbia já pagou seu preço. Agora é a hora da Europa pagar também”, disse Mazek, afirmando que o “sofrimento” líbio era causado pela chegada dos migrantes da região subsaariana, que espalham “doenças, crimes e drogas” no território líbio.