Representantes de diversos países expressaram seu apoio ao fundador do Wikileaks, Julian Assange, preso em Londres nesta quinta-feira (11/04) e condenaram a decisão do governo do Equador de retirar o asilo político concedido em 2012.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acusou as autoridades de Londres de “estrangular a liberdade” e indicou que espera que os direitos do detento sejam respeitados.
Por sua vez, a porta-voz do ministério de Relações Exteriores da Rússia, María Zakharova, disse que este é um caso no qual “a 'mão' da democracia estrangula a liberdade”.
A organização Wikileaks, do qual Assange é fundador, indicou que a prisão foi ordenada devido a “uma solicitação de extradição dos Estados Unidos pela conspiração com Chelsea Manning por publicar registros da guerra no Iraque”.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, expressou sua solidariedade com Assange e indicou que o ativista está sendo perseguido por revelar violações dos direitos humanos cometidos pelos EUA.
O secretário-geral do partido espanhol Podemos, Pablo Iglesias, também se manifestou diante deste fato para pedir liberdade a Assange e indicou que “se algo teme o poder, na Espanha e no mundo, é a verdade”.
O deputado do Parlamento europeu, Javier Couso, classificou de “vergonhosa” a decisão do presidente equatoriano, Lenín Moreno, e exigiu a liberdade imediata de Assange.
Edward Snowden, ex-funcionário da Agência Central de Inteligência (CIA) e da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, também se pronunciou sobre o caso e disse que a prisão de Assange marca um “dia negro para a liberdade de imprensa”.
Lenín Moreno justificou a decisão do governo afirmando que Assange teria violado as normas estabelecidas das convenções interamericanas sobre seu exílio diplomático.
Após a decisão, o ex-presidente do Equador, Rafael Correa, declarou pelo Twitter que a atitude Moreno nunca será esquecida. “A história será implacável com o culpado de algo tão atroz”, disse.
Correa ainda afirmou que “de agora em diante em todo o mundo, a desonestidade e a traição podem ser resumidos em duas palavras: Lenín Moreno”.
(*) Com teleSur
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Julian Assange foi preso nesta quinta-feira (11/04), após decisão do presidente equatoriano de retirar seu asilo político.